**Sou uma daquelas pessoas que tentam sempre ir mais longe, que aceitam os desafios com entusiasmo e que acreditam que há sempre uma solução. Talvez as duas coisas. Mas a realidade é que, por vezes, não é possível.

Isto não é algo que acontece apenas comigo. **Vivemos num mundo de excessos: demasiados estímulos, distracções, desafios e exigências impostos pela própria vida.

Isto reflecte-se nos casos crescentes de burnout, um termo que se globalizou para descrever o resultado de um estilo de vida insustentável.

É certo que, por vezes, a sensação de esgotamento resulta da falta de disciplina, da pouca gestão do tempo ou da queda nas distracções do quotidiano. Mas nem sempre é esse o caso. Muitas vezes, na nossa ânsia de sermos a melhor versão de nós próprios, ignoramos os sinais que o nosso corpo nos envia. Este corpo, que evoluiu ao longo de milhares de anos, dá-nos indicações claras (por vezes não muito subtis) de que é altura de parar, de abrandar o ritmo da vida por um momento...

Numa altura em que falamos de autodisciplina e perseverança, esta reflexão não é um contraponto, mas um reforço: ouvir e respeitar o nosso corpo é um profundo ato de disciplina, concentração e auto-conhecimento.

Há momentos em que a verdadeira perseverança passa por dar prioridade ao descanso, à introspeção e à recuperação. Em vez de verem a pausa como uma perda de tempo, convido-vos a considerá-la como um investimento estratégico na nossa capacidade futura de atingir os nossos objectivos. Convido-vos a considerá-la como **um investimento estratégico na nossa capacidade futura de atingir os nossos objectivos.

**Sem energia, não há progresso, não há mudança, não há evolução.

Um abraço,
Juan