Repressão ou administração de conflitos?

5 minutos de leitura - Publicado no 23 de junho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Texto traduzido automaticamente. Veja o texto original em Español

O que propomos não tem nada a ver com reprimir a raiva. O conceito de administração de conflitos consiste em usar a inteligência em vez da emoção tresloucada. Reprimir seria impedir o livre fluxo da emoção destrutiva. Administrar conflitos consiste em não bloquear, e em vez disso direcionar, canalizar, sublimar a fim de que as emoções saiam, fluam livres, mas na direção que mais nos convém com vistas a resultados futuros.

Minha juventude transcorreu nas praias de Ipanema e Leblon. Desde meninos aprendemos a não lutar contra a corrente. Se a corrente nos alcança, não devemos lutar contra ela nadando em direção à terra firme. O resultado seria infrutífero; acabaríamos esgotando nossas forças e morreríamos afogados. Todo bom nadador de mar aberto sabe que se cai em uma corrente deve nadar a favor dela, para fora, dar a volta e só depois nadar em direção à praia. Assim é também nas relações humanas e afetivas.

Quando era mais jovem, meu cabelo era rebelde (ainda bem que era só o cabelo). Durante anos mudei de cabeleireiro, buscando uma solução, mas todas as tentativas de dominar aquele cabelo com vontade própria resultaram frustradas. Até que um dia um profissional mais velho me disse que não lutasse contra o cabelo. “Não adianta penteá-lo para trás, porque essa não é sua natureza. Ceda à tendência do cabelo e escove-o primeiro para a frente. Depois para baixo. E, só então, para trás.” Eu fiz, e fiquei perplexo! O cabelo aceitou meu comando e se comportou como eu queria.

Estes dois exemplos têm como objetivo ilustrar que, para vencer, algumas vezes é preciso saber ceder. Não reprimir-se, mas aplicar estratégias de liderança.

Li muito sobre educação de cachorros para criar minha “filhinha” weimaraner. O melhor método para levar o cachorro a fazer o que a gente quer é cativá-lo, e não medir forças com ele, gritar com ele, e muito menos castigá-lo ou golpeá-lo. Em algum lugar escutei a frase: “o homem é um cachorro com polegar opositor”. O treinador se referia ao quão fácil é induzir um homem a fazer o que quer a namorada, sempre que ela saiba aplicar a liderança do reforço positivo. E também porque os homens, como os cachorros, não podem pensar em mais de uma coisa por vez!

Todos queremos ter as coisas sob controle. Pois a forma mais racional e que proporciona melhores resultados não é fazer jogo duro ou vomitar as emoções atropeladamente. Quando a gente compreende que “quem diz o que quer ouve o que não quer”, suas palavras e ações passam a ser mais inteligentes.

Imagine uma enorme pedra, estável à beira de um barranco. A pedra é nosso plano emocional. Enquanto está ali, parada, nos dá a impressão de que sua estabilidade é perene. No entanto, sua posição a torna suscetível a rolar para baixo. Basta um pequeno toque, talvez com a ponta do dedo indicador, para fazer que perca sua aparente estabilidade e se precipite destruindo tudo. Assim é nosso emocional. Em um momento a gente está feliz e alegre; no momento seguinte — por uma eventualidade qualquer — se torna furioso ou entristecido.

Por outro lado, se a pedra começa a oscilar na posição em que se encontra, também basta um dedo do outro lado para evitar que comece a rolar. É assim como funciona nosso emocional.

Apenas um dedo é suficiente para evitar um desastre, sempre que seja aplicado no momento justo, antes do desencadeamento. Se recorda da história de Peter, o menino-herói holandês? Ele viu uma rachadura no dique e pôs seu dedinho para evitar que a força da água aumentasse o orifício e terminasse por romper o dique. Apenas um dedo, o dedo de uma criatura, foi suficiente para evitar uma tragédia.

Se você consegue detectar uma ameaça de surto de emocionalidade apenas um instante antes que se deflagre, será muito fácil evitar esse ataque de nervos: bastará colocar o dedo na brecha da represa.

Isso eu aprendi com minha weimaraner. Os cachorros, como os humanos, sempre dão sinais um segundo antes do que pretendem fazer a seguir. Se seu tutor demora para enviar um comando de derivação, o cachorro dispara, por exemplo, para cruzar a rua! Mas se o humano percebe a intenção no instante anterior e dá o comando (“quieto” ou “não” ou qualquer outro), o cachorro educado, que ainda não começou a ação, obedece.

Livro: Ángeles peludos (ES)
Livro: Mude o mundo, comece por você

administracion-de-conflictos inteligencia-emocional liderazgo autocontrol relaciones-humanas

More information about administracion-de-conflictos at /blog/pt/tags/2611.
More information about inteligencia-emocional at /blog/pt/tags/138.
More information about liderazgo at /blog/pt/tags/2648.
More information about autocontrol at /blog/pt/tags/3186.
More information about relaciones-humanas at /blog/pt/tags/235.


“Assim você perde a razão”

3 minutos de leitura - Publicado no 02 de junho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Você já escutou isso? “Você está certo, mas assim perde a razão”. Frase comumente dita a quem tenta se defender ou defender os seus direitos com agressividade ou grosseria.

Com educação, tudo se resolve. Conversando com civilidade e cortesia, você pode conseguir negociações que, de outra forma, não teriam solução. Quando estiver emocionalizado, não responda nada. Muito menos por escrito. Há um circuito mal soldado no nosso cérebro que nos leva a ser mais educados quando conversamos “olho no olho” e a ser mais toscos quando escrevemos. Eu também sou assim. Então, evito responder por escrito na hora em que o sangue está fervendo. Quando preciso escrever, não envio. Deixo a cabeça esfriar e no dia seguinte releio o que escrevi. Sempre suavizo minha redação. Se eu puder, espero mais. Se for possível, espero semanas ou até meses, antes de enviar uma resposta dura. Com o passar do tempo e à medida que releio, vou abrandando mais o texto.

Houve uma carta em que eu chamava a atenção de uma supervisionada antiga e muito minha amiga. Levei seis meses para considerar que não havia como atenuar mais. O resultado foi excelente. Mas quando eu era jovem (leia-se imaturo), costumava responder no calor da emocionalidade. Com aquela atitude, nunca consegui solucionar os problemas em pauta e ainda perdi boas amizades. É o preço que se paga pela inexperiência.

Uma vez, eu estava fazendo musculação digital, trocando os canais da TV, como em geral a minoria masculina costuma fazer. Por acaso, caí em um programa em que um ex-aluno meu, muito famoso, estava sendo entrevistado por outra ex-aluna, não menos célebre. Parei para ouvi-los. A entrevistadora estava sendo extremamente rude com o entrevistado. Algo tão absurdo, que não compreendo como o diretor do programa não lhe advertiu pelo “ponto” que fica no ouvido. Mas o entrevistado não perdia a elegância e respondia com toda a cortesia a cada grosseria da entrevistadora. Ele subiu muito no meu conceito naquele dia. Até que, muito tempo depois, no final do diálogo, a entrevistadora disse, com uma voz doce: “Mas, Paulo, você sabe que eu gosto muito de você, não é?” Pronto! Ele a havia amaciado. Talvez a tivesse cativado com as suas boas maneiras.

Do livro Mude o mundo, comece por você, Professor DeRose, Egrégora Books.

inteligencia-emocional comunicacao-nao-violenta resolucao-de-conflitos etiqueta desenvolvimento-pessoal

More information about inteligencia-emocional at /blog/pt/tags/138.
More information about comunicacao-nao-violenta at /blog/pt/tags/3195.
More information about resolucao-de-conflitos at /blog/pt/tags/3196.
More information about etiqueta at /blog/pt/tags/3197.
More information about desenvolvimento-pessoal at /blog/pt/tags/1945.


Repressão ou administração de conflitos?

5 minutos de leitura - Publicado no 05 de maio 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

O que propomos não tem nada a ver com reprimir a raiva. O conceito de administração de conflitos consiste em usar a inteligência em vez da emoção desvairada. Reprimir seria impedir o livre fluxo da emoção destrutiva. Administrar conflitos consiste em não bloquear e sim direcionar, canalizar, sublimar, a fim de que as emoções saiam, fluam livres, mas na direção que mais nos convier com vistas a resultados futuros.

Minha juventude foi vivida nas praias de Ipanema e Leblon. Desde meninos, aprendemos a não lutar contra a correnteza. Se a corrente nos pegasse, não deveríamos brigar com ela, nadando em direção à terra firme. O resultado seria infrutífero. Acabaríamos exaurindo nossas forças e morreríamos afogados. Todo bom nadador de mar aberto sabe que se cair numa corrente deve nadar a favor dela, para fora, dar a volta e, só depois, nadar em direção à praia. Assim é também nas relações humanas e afetivas.

Quando mais novo, meus cabelos eram rebeldes (ainda bem que eram só os cabelos). Durante anos, troquei de cabeleireiro, buscando uma solução, mas todas as tentativas de dominar aqueles fios com vontade própria resultaram frustradas. Até que um dia, um profissional mais velho me disse para não lutar contra os cabelos. Não adianta penteá-los para trás, porque essa não é a natureza deles. Ceda à tendência dos fios e escove-os primeiro para a frente. Depois para baixo. E, só então, para trás. Fiz isso e fiquei perplexo! Os cabelos aceitaram meu comando e se comportaram como eu queria.

Algumas vezes, é preciso saber ceder. Não se reprimir, mas sim aplicar estratégias de liderança.

Eu li muito sobre educação de cães para criar minha filhota weimaraner. O melhor método para levar o cão a fazer o que você quer é cativá-lo, e não apostar forças com ele, gritar com o coitado e muito menos puni-lo ou bater nele. Em algum lugar escutei a frase: “o homem é um cão com polegar opositor”. O treinador estava se referindo a como é fácil induzir um homem a fazer o que a namorada quiser, desde que ela saiba aplicar a liderança do reforço positivo. E também porque os homens, como os cães, não conseguem pensar em mais de uma coisa de cada vez!
Todos queremos estar no controle. Pois a forma mais racional e que proporciona melhores resultados não é fazer jogo duro ou vomitar as emoções atabalhoadamente. Quando você compreende que “quem diz o que quer ouve o que não quer”, suas palavras e ações passam a ser mais inteligentes.

Imagine uma enorme pedra, estável na beirada de uma ribanceira. A pedra é o nosso emocional. Enquanto está ali, parada, dá-nos a impressão de que sua estabilidade é perene. No entanto, sua posição é suscetível a rolar morro abaixo. Basta um pequeno toque, talvez com a ponta do seu dedo indicador, para fazê-la perder a aparente estabilidade e descer destruindo tudo. Assim é o nosso emocional. Em um momento você está feliz e alegre; no momento seguinte – por uma eventualidade qualquer – você se torna furioso ou entristecido.

No entanto, se a pedra começar a oscilar, na posição em que se encontra também basta um dedo do outro lado para evitar que despenque. É como funciona o nosso emocional.

Apenas um dedo é o suficiente para evitar um desastre, desde que aplicado na hora certa, antes do desencadeamento. Lembra-se da história de Peter, o menino-herói holandês? Ele viu uma rachadura no dique e colocou o seu dedinho para evitar que a força da água aumentasse o orifício e terminasse por romper a barragem. Apenas um dedo, o dedo de uma criança, foi o suficiente para evitar uma tragédia.

Se você conseguir detectar uma ameaça de surto de emocionalidade apenas um átimo antes que ele se deflagre, será muito fácil evitar o chilique, bastando colocar o seu dedo na brecha da represa.

Aprendi isso com a minha weimaraner. Os cães, como os humanos, sempre sinalizam no segundo anterior o que pretendem fazer a seguir. Se o seu tutor demora para enviar um comando de derivação, o cão desembesta, por exemplo, para atravessar a rua! Mas se o humano percebe um instante antes e dispara o comando (“fica” ou “não” ou qualquer outro), o cão educado, que ainda não começou a ação, obedece.

Libro: Ángeles peludos (ES)
Libro: Anjos peludos (PT)
Libro: Mude o mundo, comece por você

administracao-de-conflitos inteligencia-emocional autoconhecimento lideranca comportamento-humano

More information about administracao-de-conflitos at /blog/pt/tags/2377.
More information about inteligencia-emocional at /blog/pt/tags/138.
More information about autoconhecimento at /blog/pt/tags/3153.
More information about lideranca at /blog/pt/tags/297.
More information about comportamento-humano at /blog/pt/tags/3194.


Você quer estar no controle? Parte I

2 minutos de leitura - Publicado no 01 de abril 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Todos queremos estar no controle. Pois a forma mais racional e que proporciona melhores resultados não é fazer jogo duro ou vomitar as emoções atabalhoadamente. Quando você compreende que “quem diz o que quer ouve o que não quer”, suas palavras e ações passam a ser mais inteligentes.
Imagine uma enorme pedra, estável na beirada de uma ribanceira. A pedra é o nosso emocional. Enquanto está ali, parada, dá-nos a impressão de que sua estabilidade é perene. No entanto, sua posição é suscetível a rolar morro abaixo.

Basta um pequeno toque, talvez com a ponta do seu dedo indicador, para fazê-la perder a aparente estabilidade e descer destruindo tudo. Assim é o nosso emocional. Em um momento você está feliz e alegre; no momento seguinte – por uma eventualidade qualquer – você se torna furioso ou entristecido.
No entanto, se a pedra começar a oscilar, na posição em que se encontra também basta um dedo do outro lado para evitar que despenque. É como funciona o nosso emocional.
Apenas um dedo é o suficiente para evitar um desastre, desde que aplicado na hora certa, antes do desencadeamento. Lembra-se da história de Peter, o menino-herói holandês? Ele viu uma rachadura no dique e colocou o seu dedinho para evitar que a força da água aumentasse o orifício e terminasse por romper a barragem. Apenas um dedo, o dedo de uma criança, foi o suficiente para evitar uma tragédia.
Se você conseguir detectar uma ameaça de surto de emocionalidade apenas um átimo antes que ele se deflagre, será muito fácil evitar o chilique, bastando colocar o seu dedo na brecha da represa.

Libro: Mude o mundo, comece por você

controle-emocional inteligencia-emocional autogestao desenvolvimento-pessoal bem-estar

More information about controle-emocional at /blog/pt/tags/3184.
More information about inteligencia-emocional at /blog/pt/tags/138.
More information about autogestao at /blog/pt/tags/3185.
More information about desenvolvimento-pessoal at /blog/pt/tags/1945.
More information about bem-estar at /blog/pt/tags/1479.


Reações Diferentes Ao Mesmo Estímulo

2 minutos de leitura - Publicado no 17 de setembro 2021
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Querer justificar suas atitudes culpando alguma circunstância ou pessoa, não é desculpa consistente. Você vai reagir de acordo com a sua educação, com as suas neuroses, temores e expectativas. Para exemplificar isso, criei a seguinte parábola:

Certa vez, um Mestre hindu quis mostrar que as reações emocionais não se deviam aos acontecimentos que as desencadearam, e sim ao que cada um já trazia dentro de si. Escolheu a dedo três discípulos, cujas personalidades ele conhecia bem. Mandou que os três viessem à frente da turma e se ajoelhassem diante dele. Deu uma forte bofetada em cada um. O primeiro, indignou-se e retirou-se com raiva, dizendo que o Mestre não tinha esse direito, de agredi-lo diante da turma. O segundo ficou triste e chorou. O terceiro disse “Obrigado, Mestre!”.
O estímulo havia sido o mesmo: uma bofetada. Mas as reações dos três foram diferentes: raiva, tristeza e gratidão. Qual a explicação?
É que cada qual deu como resposta o que tinha dentro de si. Quem tinha raiva, reagiu com raiva. Quem tinha tristeza, reagiu com tristeza. Quem tinha gratidão, reagiu com gratidão. O importante nunca é o fato em si. Ele é o pretexto, é o excipiente[1] para externar o que cada um tem em seu caráter.

Quando alguém esbarra em você e derrama o seu café, a causa primordial de o seu café ter sido derramado não foi o encontrão, porque se você estivesse tomando chá, não teria derramado o café. Cada vez que a vida lhe der um encontrão, você vai derramar pelo mundo aquilo que tiver dentro da sua caneca.

[1] O excipiente é uma substância farmacologicamente inativa usada como veículo para o princípio ativo.

Do livro Mude o Mundo, comece por você,
Professor DeRose, Egrégora Books.

reacoes-emocionais autoconhecimento inteligencia-emocional parabola comportamento-humano

More information about reacoes-emocionais at /blog/pt/tags/3198.
More information about autoconhecimento at /blog/pt/tags/3153.
More information about inteligencia-emocional at /blog/pt/tags/138.
More information about parabola at /blog/pt/tags/3199.
More information about comportamento-humano at /blog/pt/tags/3194.