Não seja um insatisfeito

4 minutos de leitura - Publicado no 15 de julho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Meio século de vida me ensinou a aceitar um defeito do ser humano como algo incurável: sua insatisfação.

Dei a volta ao mundo inúmeras vezes e conheci muita, mas muita gente mesmo. Travei contato íntimo com uma infinidade de fraternidades iniciáticas, entidades culturais, associações profissionais, academias desportivas, universidades, escolas, empresas, federações, fundações... Em todas elas, sem exceção, havia descontentamento.

Em todos os agrupamentos humanos há uma força de coesão chamada egrégora. Pela lei de ação e reação, toda força tende a gerar uma força oponente. Por isso, nesses mesmos agrupamentos surgem constantemente pequenos desencontros que passam a ganhar contornos dramáticos pela refração de uma ótica egocêntrica que só leva em conta a satisfação das expectativas de um indivíduo isolado que analisa os fatos de acordo com suas próprias conveniências.
Noutras palavras, se os fatos pudessem ser analisados sem a interferência deletéria dos egos, constatar-se-ia que nada há de errado com esses fatos, a não ser uma instabilidade emocional. Instabilidade essa que é congênita em todos os seres humanos. Uma espécie de erro de projeto original, que ainda está em processo de evolução. Afinal, somos uma espécie extremamente jovem em comparação com as demais formas de vida no planeta. Estamos na infância da nossa evolução e, como tal, cometemos inapelavelmente as imaturidades naturais dessa fase.

Observe que raríssimas são as pessoas que estão satisfeitas com seus mundos. Em geral, todos têm reclamações do seu trabalho, dos seus subalternos e dos seus superiores; da sua remuneração e do reconhecimento pelo seu trabalho; reclamações dos seus pais, dos seus filhos, dos seus cônjuges, do seu condomínio, do governo do seu País, do seu Estado, da sua cidade, da polícia, da Justiça, do departamento de trânsito, dos impostos, dos vizinhos mal-educados, dos motoristas inábeis, dos pedestres indisciplinados... Quanta coisa para reclamar, não é?

Se formos por esse caminho, concluiremos que o mundo não é um lugar bom para se viver e seguiremos amargurados e amargurando os outros. Ou nos suicidaremos!

Já na antiguidade os hindus observaram esse fenômeno da endêmica insatisfação humana e ensinaram como solucioná-la:
Se o chão tem espinhos, não queira cobrir o chão com couro. Cubra os seus pés com calçados e caminhe sobre os espinhos sem se incomodar com eles.

Ou seja, a solução não é reclamar das pessoas e das circunstâncias para tentar mudá-las e sim educar-se a si mesmo para adaptar-se. A atitude correta é parar de querer infantilmente que as coisas se modifiquem para satisfazer ao seu ego, mas sim modificar-se a si mesmo para ajustar-se à realidade. Isso é maturidade.

A outra atitude é neurótica, pois jamais você poderá modificar pessoas ou instituições para que se ajustem aos seus desejos. Não seja um desajustado.

Então, vamos parar com isso. Vamos aceitar as pessoas e as coisas como elas são. E vamos tratar de gostar delas. Você vai notar que elas passam a gostar muito mais de você e que as situações que antes lhe pareciam inamovíveis, agora se modificam espontaneamente, sem que você tenha que cobrar isso delas. Experimente. Você vai gostar do resultado!

Do livro Mude o mundo, comece por você,
Professor DeRose, Egrégora Books

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Sutileza é sinônimo de boas maneiras

5 minutos de leitura - Publicado no 12 de julho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Onde há sutileza, em geral, há boa educação. Sutileza tem a ver com polimento, refinamento.

Sutileza na maneira de segurar uma xícara, um copo, um garfo. Sutileza na forma de sentar-se no sofá sem se atirar nele ou de se virar na cama sem disturbar o parceiro que lá está. Sutileza na maneira de tocar pessoas e objetos. Sutileza na forma de fechar o porta-malas do automóvel de um amigo. Sutileza na hora de repor as coisas exatamente no lugar de onde as tiramos, na casa dos outros, por mais íntimos que sejamos. Sutileza na hora de selecionar as amizades e as pessoas com quem vamos envolver-nos afetivamente. Sutileza na maneira de reclamar ou na forma de dizer uma verdade.

Não há nada mais agradável que poder dizer a alguém:
– Não sei se eu gostaria disso.
E o outro compreender que você não quer isso de maneira nenhuma, não insistir e não perguntar por quê. Já imaginou se, para obter esse resultado, você precisasse dizer:
– Olha aqui, meu amigo. Eu não estou a fim, está me entendendo? Pare de insistir.

E, pior, se o espécimen de Homo sapiens não compreendesse palavras e você precisasse apelar para a força física a fim de ser respeitado! Por exemplo, tendo que trancar à chave um aposento para que o humanóide entendesse que não é para entrar! Certa vez, tive uma secretária que não respeitava a porta fechada da minha sala. Tinha que estar chaveada ou ela irromperia pela minha intimidade adentro.

Creio que pela comparação com os opostos o conceito de sutileza e seu valor ficam mais claros, não é?
Sutileza é o assistente não deixar para fazer depois (“Deixa aí que depois eu faço.”) o que seu superior solicitar e, ainda por cima, esquecer-se e não fazer.

Sutileza é não pedir nada emprestado, mas, se pedir, devolver logo e em perfeito estado. É não mexer nos livros e demais objetos de outra pessoa. É não colocar nada em cima da mesa de trabalho do outro, e lá deixar ficar, contribuindo com a confusão ou para aumentar o stress.
Sutileza é ser delicado, atencioso, cuidadoso, suave, gentil. Ser sutil é esforçar-se para não fazer nada que possa desagradar os demais. É ser gato e não ser cão ao movimentar-se, ao pisar, ao esbarrar e ao tocar.
Ser sutil é absorver e assimilar uma educada indireta em vez de comportar-se como um muro de pedra e rechaçar a crítica, devolvendo-a automaticamente para se defender.

A cidade de Canela, no Rio Grande do Sul, é bem fria no inverno. Certa vez, visitando uma amiga, fiquei dois dias hospedado em sua casa. Ela foi muito boa anfitriã, como os gaúchos costumam ser. Providenciou comidinhas gostosas, uma roupa de cama perfumada, toalhas fofinhas para o banho. Depois da ducha, perguntou elegantemente se estava tudo a contento. Sutilmente, informei-a de que a ducha do quarto de hóspedes não estava aquecendo e brinquei dizendo que não tinha importância porque banho frio no inverno constitui um excelente benefício para a circulação. Tínhamos intimidade para o gracejo. Qual não foi a minha perplexidade ao escutar sua resposta:

– É... mas eu também tive que tomar banho frio na sua casa[1].
Rimos muito do infortúnio recíproco e continuamos amigos. Mas carrego comigo até hoje a dúvida cruel: será que ela se melindrou? É atroz ter que preservar uma amizade à custa de caminhar sobre ovos. Uma coisa ela perdeu para sempre. Nunca mais vou contribuir com uma crítica construtiva, pois percebi que ela não a aceita. E nunca mais vou usar de sutilezas com ela.

Ser sutil é reconhecer um erro que lhe tenha sido apontado por outrem, até mesmo quando você discordar e achar que está com a razão. Tenho alguns amigos, excelentes pessoas, mas que estão o tempo todo na defensiva. Jamais escutam e jamais aceitam. Precisam justificar-se sempre.

Aliás, se formos analisar friamente, tão friamente quanto o meu banho, precisamos reconhecer uma definição que afirma: a neurose consiste em ter aprendido errado, em ter assimilado uma educação errada. Assim, podemos concluir, o mal-educado é um neurótico. Um exemplo é o comportamento observado em alguns extratos culturais que aprendem a “não levar desaforo para casa” e, em virtude disso, talvez levem para casa um olho roxo, uma inimizade para o resto da vida ou um processo criminal por agressão. Não se discute que tais pessoas aprenderam errado como viver.

Ser sutil é sinônimo de ser bem-educado, mesmo quando a origem é humilde, ainda que nunca se tenha lido um livro de boas maneiras.

[1] Porque não sabia como funcionava o chuveiro com aquecedor central a gás, com uma torneira de água quente e outra de água fria.

Do livro Método de Boas Maneiras,
Professor DeRose, Egrégora Books.

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A tirania do comum

2 minutos de leitura - Publicado no 07 de julho 2022
Dwayne Macgowan @ DeROSE Method | Cerviño

Texto traduzido automaticamente. Veja o texto original em Español

O caminho do autoconhecimento é a busca pela autenticidade. E a busca pela autenticidade é um processo de nos libertarmos da tirania do comum.

Descobrir aquelas coisas que em algum ponto imaginamos que poderiam ser diferentes, que poderiam ser melhores, mas que resignamos por serem comuns. “E bom, todos fazem assim.”

Manter-nos atentos a essas coisas que nunca imaginamos possíveis, que estão totalmente fora do nosso imaginário, mas que ao vê-las as reconhecemos como autenticamente nossas.

Como todas as qualidades, algumas pessoas as têm de forma nata e outros precisam desenvolvê-las. Uns são dotados de autenticidade e são indissolúveis na massa. A outros custa mais, espelham-se no mais próximo e têm dificuldade para diferenciar um pensamento próprio do eco de um alheio.

E tudo começa com a inocente observação. Observar o que sentimos em determinadas situações, mas o que realmente sentimos e não a ideia que temos do que alguém deve sentir naquela circunstância. Observar o fluxo dos nossos pensamentos e perceber como às vezes brotam ideias brilhantes, advertências ou questionamentos que simplesmente ignoramos. Observar o que sonhamos, que na linguagem dos símbolos nos põe cara a cara com tudo o que está processando nosso subconsciente.

Pela simples observação vão se desvanecendo todos os agregados artificiais e vamos encontrando esse núcleo autêntico que não conhece limites e é totalmente livre das amarras do normal.

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O trabalho não tem que ser fonte de sofrimento

4 minutos de leitura - Publicado no 28 de junho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Texto traduzido automaticamente. Veja o texto original em Español

Desde temprana edad no me veía trabajando en algo que no me gratificara. Ni siquiera veía el trabajo como una fuente de ingresos. Cuando tenía ocho años, les dije a mis padres que no era justo que el basurero ganara menos que el médico. Mi padre me explicó que el médico estudiaba y, por lo tanto, tenía derecho a un salario más alto que el basurero. Y que, por eso mismo, debía estudiar, para conseguir un buen trabajo y ganar bien.

En mi lógica infantil, cuestioné que el hecho que el basurero ya estuviera haciendo un trabajo más desagradable. Además de eso, ¿debería ganar menos? Le dije a mi padre que todos deberían ganar lo mismo y que algunos ganarían x en un trabajo más gratificante y otros lo mismo x en un rol no tan agradable, según la capacidad de cada uno, pero que eso no debería interferir con las ganancias.

Por supuesto, nadie estuvo de acuerdo con esta premisa. Pero la idea de que deberíamos seguir una carrera que nos resulte agradable, permaneció en mi mente para siempre.
¿Has notado alguna vez que los trabajadores, en general, se sacrifican haciendo un trabajo que los oprime, los humilla, los desgasta, los consume, genera enfermedades...? Lo hacen de lunes a viernes y no tienen vida, sino subvida (por eso se dice que el trabajo da subsistencia, “subexistencia”). Se sacrifican de lunes a viernes para poder disfrutar de un fin de semana de ocio o descanso.

Nunca he visto el trabajo bajo esa óptica. Siempre he creído que debe ser agradable, divertido, placentero, estimulante. Pero eso chocaba con el concepto de que el trabajo tiene que ser algo que haces en contra de tu voluntad, por dinero. Esto generó el síndrome de “me alegro que sea viernes” y “qué diablos es lunes”.

Si preguntamos a cualquier empleado si prefiere estar allí, trabajando, o en casa descansando, o haciendo deporte, o viajando, etc., casi todos estarán de acuerdo en que sólo está allí, trabajando, porque necesita el dinero.

Admitamos que esa no es una visión bonita. La consecuencia de esto, es que mucha gente sabotea a la empresa o al jefe. Si pueden, se quedan ahí sin hacer nada, dando vueltas, yendo a tomar un café, hablando con sus compañeros, abarrotando la máquina productiva. Es decir, cuando no se llevan a casa una resma de papel, una engrapadora o cualquier cosa que puedan sustraer para compensar su frustración.

En la década de 1990 se llevó a cabo una encuesta para averiguar cuánto tiempo trabaja realmente un empleado de una empresa en una jornada de ocho horas. La conclusión fue que trabaja, efectivamente, durante un máximo de dos horas. Entonces, ¿por qué desperdiciar tu existencia, allá dentro, las otras seis horas del día durante toda tu vida? ¿No sería mejor hacer tu parte en dos horas y luego irte a casa? Pero somos víctimas del paradigma de que el empleado necesita estar en el puesto durante toda la jornada laboral. Por supuesto, en algunas profesiones, este concepto está cambiando a la oficina en casa. Pero seamos realistas, todavía hay pocos.

Do livro Sucesso, Professor DeRose, Egrégora Books.
Pocket Sucesso

Desde cedo, eu não me via trabalhando em algo que não me agradasse. Eu nem sequer via o trabalho como uma fonte de renda. Quando eu tinha oito anos, eu disse aos meus pais que não era justo que o lixeiro ganhasse menos do que o médico. Meu pai me explicou que o médico estudava e, portanto, tinha direito a um salário mais alto do que o lixeiro. E que, por isso mesmo, eu devia estudar, para conseguir um bom trabalho e ganhar bem.

Na minha lógica infantil, eu questionei o fato de que o lixeiro já estava fazendo um trabalho mais desagradável. Além disso, ele deveria ganhar menos? Eu disse ao meu pai que todos deveriam ganhar o mesmo e que alguns ganhariam x em um trabalho mais gratificante e outros o mesmo x em uma função não tão agradável, de acordo com a capacidade de cada um, mas que isso não deveria interferir nos ganhos.

É claro, ninguém concordou com esta premissa. Mas a ideia de que nós deveríamos seguir uma carreira que nos agrade, permaneceu na minha mente para sempre.
Você já notou que os trabalhadores, em geral, se sacrificam fazendo um trabalho que os oprime, os humilha, os desgasta, os consome, gera doenças...? Eles fazem isso de segunda a sexta e não têm vida, mas sim subvida (por isso se diz que o trabalho dá subsistência, “subexistência”). Eles se sacrificam de segunda a sexta para poder desfrutar de um fim de semana de lazer ou descanso.

Eu nunca vi o trabalho sob essa ótica. Eu sempre acreditei que ele deve ser agradável, divertido, prazeroso, estimulante. Mas isso chocava com o conceito de que o trabalho tem que ser algo que você faz contra a sua vontade, por dinheiro. Isto gerou a síndrome de “ainda bem que é sexta-feira” e “que diabos é segunda-feira”.

Se perguntarmos a qualquer empregado se ele prefere estar ali, trabalhando, ou em casa descansando, ou fazendo esporte, ou viajando, etc., quase todos concordarão que ele só está ali, trabalhando, porque precisa do dinheiro.

Admitamos que essa não é uma visão bonita. A consequência disto é que muita gente sabota a empresa ou o chefe. Se podem, ficam ali sem fazer nada, dando voltas, indo tomar um café, falando com seus companheiros, entupindo a máquina produtiva. Ou seja, quando não levam para casa uma resma de papel, um grampeador ou qualquer coisa que possam subtrair para compensar a sua frustração.

Na década de 1990, foi realizada uma pesquisa para averiguar quanto tempo realmente trabalha um empregado de uma empresa em uma jornada de oito horas. A conclusão foi que ele trabalha, efetivamente, durante um máximo de duas horas. Então, por que desperdiçar a sua existência, lá dentro, as outras seis horas do dia durante toda a sua vida? Não seria melhor fazer a sua parte em duas horas e depois ir para casa? Mas somos vítimas do paradigma de que o empregado precisa estar no posto durante toda a jornada laboral. É claro, em algumas profissões, este conceito está mudando para o escritório em casa. Mas sejamos realistas, ainda há poucos.

Do livro Sucesso, Professor DeRose, Egrégora Books.
Pocket Sucesso

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Repressão ou administração de conflitos?

5 minutos de leitura - Publicado no 23 de junho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Texto traduzido automaticamente. Veja o texto original em Español

O que propomos não tem nada a ver com reprimir a raiva. O conceito de administração de conflitos consiste em usar a inteligência em vez da emoção tresloucada. Reprimir seria impedir o livre fluxo da emoção destrutiva. Administrar conflitos consiste em não bloquear, e em vez disso direcionar, canalizar, sublimar a fim de que as emoções saiam, fluam livres, mas na direção que mais nos convém com vistas a resultados futuros.

Minha juventude transcorreu nas praias de Ipanema e Leblon. Desde meninos aprendemos a não lutar contra a corrente. Se a corrente nos alcança, não devemos lutar contra ela nadando em direção à terra firme. O resultado seria infrutífero; acabaríamos esgotando nossas forças e morreríamos afogados. Todo bom nadador de mar aberto sabe que se cai em uma corrente deve nadar a favor dela, para fora, dar a volta e só depois nadar em direção à praia. Assim é também nas relações humanas e afetivas.

Quando era mais jovem, meu cabelo era rebelde (ainda bem que era só o cabelo). Durante anos mudei de cabeleireiro, buscando uma solução, mas todas as tentativas de dominar aquele cabelo com vontade própria resultaram frustradas. Até que um dia um profissional mais velho me disse que não lutasse contra o cabelo. “Não adianta penteá-lo para trás, porque essa não é sua natureza. Ceda à tendência do cabelo e escove-o primeiro para a frente. Depois para baixo. E, só então, para trás.” Eu fiz, e fiquei perplexo! O cabelo aceitou meu comando e se comportou como eu queria.

Estes dois exemplos têm como objetivo ilustrar que, para vencer, algumas vezes é preciso saber ceder. Não reprimir-se, mas aplicar estratégias de liderança.

Li muito sobre educação de cachorros para criar minha “filhinha” weimaraner. O melhor método para levar o cachorro a fazer o que a gente quer é cativá-lo, e não medir forças com ele, gritar com ele, e muito menos castigá-lo ou golpeá-lo. Em algum lugar escutei a frase: “o homem é um cachorro com polegar opositor”. O treinador se referia ao quão fácil é induzir um homem a fazer o que quer a namorada, sempre que ela saiba aplicar a liderança do reforço positivo. E também porque os homens, como os cachorros, não podem pensar em mais de uma coisa por vez!

Todos queremos ter as coisas sob controle. Pois a forma mais racional e que proporciona melhores resultados não é fazer jogo duro ou vomitar as emoções atropeladamente. Quando a gente compreende que “quem diz o que quer ouve o que não quer”, suas palavras e ações passam a ser mais inteligentes.

Imagine uma enorme pedra, estável à beira de um barranco. A pedra é nosso plano emocional. Enquanto está ali, parada, nos dá a impressão de que sua estabilidade é perene. No entanto, sua posição a torna suscetível a rolar para baixo. Basta um pequeno toque, talvez com a ponta do dedo indicador, para fazer que perca sua aparente estabilidade e se precipite destruindo tudo. Assim é nosso emocional. Em um momento a gente está feliz e alegre; no momento seguinte — por uma eventualidade qualquer — se torna furioso ou entristecido.

Por outro lado, se a pedra começa a oscilar na posição em que se encontra, também basta um dedo do outro lado para evitar que comece a rolar. É assim como funciona nosso emocional.

Apenas um dedo é suficiente para evitar um desastre, sempre que seja aplicado no momento justo, antes do desencadeamento. Se recorda da história de Peter, o menino-herói holandês? Ele viu uma rachadura no dique e pôs seu dedinho para evitar que a força da água aumentasse o orifício e terminasse por romper o dique. Apenas um dedo, o dedo de uma criatura, foi suficiente para evitar uma tragédia.

Se você consegue detectar uma ameaça de surto de emocionalidade apenas um instante antes que se deflagre, será muito fácil evitar esse ataque de nervos: bastará colocar o dedo na brecha da represa.

Isso eu aprendi com minha weimaraner. Os cachorros, como os humanos, sempre dão sinais um segundo antes do que pretendem fazer a seguir. Se seu tutor demora para enviar um comando de derivação, o cachorro dispara, por exemplo, para cruzar a rua! Mas se o humano percebe a intenção no instante anterior e dá o comando (“quieto” ou “não” ou qualquer outro), o cachorro educado, que ainda não começou a ação, obedece.

Livro: Ángeles peludos (ES)
Livro: Mude o mundo, comece por você

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Cordialidade

2 minutos de leitura - Publicado no 16 de junho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Cordialidade provém do latim cordis, coração. É algo que fazemos de coração, com afeto, com amor.

Expressar cordialidade como um estilo de vida, além de ser uma postura linda perante a vida, perante o mundo, faz bem a nós mesmos. No passado, havia inclusive remédios que eram denominados cordiais, porque faziam bem ao coração. De fato, você fica com uma sensação de coração mais leve quando manifesta uma atitude bonita, afável, seja lá com quem for. Isso nos demonstra que o maior beneficiado não é o outro que foi alvo da nossa gentileza, e sim nós mesmos, em primeiro lugar.

A civilidade abre portas, facilita os trâmites sociais, culturais e até mesmo os burocráticos. Um aluno cordial cativa seus professores que, assim, facilitarão sua vida escolar. Um funcionário gentil azeita as relações com clientes, com colegas e com superiores. Um cliente simpático consegue mais boa vontade e, às vezes, até um desconto por parte do vendedor. Um vendedor atencioso vende mais, ganha mais dinheiro. Um morador simpático consegue exceções maravilhosas do porteiro do seu prédio. Mas é óbvio que não vamos ser cordiais só pensando nas vantagens que isso nos traz.

A civilidade e a cordialidade são muito fáceis quando o outro já está sendo amável. Mas, e quando o outro está sendo grosseiro e agressivo? Bem, aí é preciso que sua civilidade seja muito autêntica e que você tenha assumido o compromisso perante si próprio de ser cordial em qualquer situação, com qualquer pessoa, haja o que houver.

Não é à toa que cavalheiro em francês é gentilhomme (gentil homem) e em inglês é gentleman (homem gentil).

Do livro Mude o mundo, comece por você, Professor DeRose, Egrégora Books.

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“Assim você perde a razão”

3 minutos de leitura - Publicado no 02 de junho 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Você já escutou isso? “Você está certo, mas assim perde a razão”. Frase comumente dita a quem tenta se defender ou defender os seus direitos com agressividade ou grosseria.

Com educação, tudo se resolve. Conversando com civilidade e cortesia, você pode conseguir negociações que, de outra forma, não teriam solução. Quando estiver emocionalizado, não responda nada. Muito menos por escrito. Há um circuito mal soldado no nosso cérebro que nos leva a ser mais educados quando conversamos “olho no olho” e a ser mais toscos quando escrevemos. Eu também sou assim. Então, evito responder por escrito na hora em que o sangue está fervendo. Quando preciso escrever, não envio. Deixo a cabeça esfriar e no dia seguinte releio o que escrevi. Sempre suavizo minha redação. Se eu puder, espero mais. Se for possível, espero semanas ou até meses, antes de enviar uma resposta dura. Com o passar do tempo e à medida que releio, vou abrandando mais o texto.

Houve uma carta em que eu chamava a atenção de uma supervisionada antiga e muito minha amiga. Levei seis meses para considerar que não havia como atenuar mais. O resultado foi excelente. Mas quando eu era jovem (leia-se imaturo), costumava responder no calor da emocionalidade. Com aquela atitude, nunca consegui solucionar os problemas em pauta e ainda perdi boas amizades. É o preço que se paga pela inexperiência.

Uma vez, eu estava fazendo musculação digital, trocando os canais da TV, como em geral a minoria masculina costuma fazer. Por acaso, caí em um programa em que um ex-aluno meu, muito famoso, estava sendo entrevistado por outra ex-aluna, não menos célebre. Parei para ouvi-los. A entrevistadora estava sendo extremamente rude com o entrevistado. Algo tão absurdo, que não compreendo como o diretor do programa não lhe advertiu pelo “ponto” que fica no ouvido. Mas o entrevistado não perdia a elegância e respondia com toda a cortesia a cada grosseria da entrevistadora. Ele subiu muito no meu conceito naquele dia. Até que, muito tempo depois, no final do diálogo, a entrevistadora disse, com uma voz doce: “Mas, Paulo, você sabe que eu gosto muito de você, não é?” Pronto! Ele a havia amaciado. Talvez a tivesse cativado com as suas boas maneiras.

Do livro Mude o mundo, comece por você, Professor DeRose, Egrégora Books.

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O trabalho não precisa ser fonte de sofrimento

4 minutos de leitura - Publicado no 19 de maio 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Desde cedo, eu não me via trabalhando em algo que não me gratificasse. Nem sequer via o trabalho como uma fonte de renda. Aos oito anos de idade, eu disse aos meus pais que não era justo o lixeiro ganhar menos que o médico. Meu pai me explicou que o médico estudou e, por isso, fazia jus a um salário maior do que o do lixeiro. E que, por isso mesmo, eu deveria estudar, para conseguir um bom emprego e ganhar bem.

Na minha lógica infantil, questionei que o lixeiro já estava fazendo um trabalho mais desagradável. Ainda por cima, deveria ganhar menos? Disse ao meu genitor que todos deveriam ganhar a mesma coisa e que uns ganhariam x em um trabalho mais gratificante e outros o mesmo x em uma função não tão agradável, de acordo com a capacidade de cada um, mas que isso não deveria interferir nos proventos.

É claro que ninguém concordava com essa premissa. Mas a ideia de que deveríamos perseguir uma carreira que nos fosse agradável, continuou na minha mente para sempre. Você já notou que os trabalhadores, em geral, sacrificam-se fazendo um trabalho que os oprime, humilha, desgasta, consome, gera doenças...? Fazem-no de segunda a sexta-feira e não têm vida, e sim subvida (por isso se diz que o trabalho é para prover a subsistência, “sub-existência”). Sacrificam-se de segunda a sexta para poder viver um fim de semana de lazer ou de descanso.

Eu nunca vi o trabalho sob essa óptica. Sempre acreditei que devia ser gostoso, divertido, agradável, estimulante. Mas isso entrava em choque com o conceito de que o trabalho tem que ser uma coisa que você faz contra a sua vontade, por dinheiro. Isso gerou a síndrome do “que bom que já é sexta-feira” e do “que droga que hoje é segunda-feira”.

Se perguntarmos a qualquer empregado se ele preferia estar ali, trabalhando, ou em casa descansando, ou fazendo um esporte, ou viajando etc., a quase totalidade vai concordar que só está ali, trabalhando, porque precisa do dinheiro.

Admitamos que essa não é uma visão bonita. A consequência é que muitas pessoas sabotam a empresa ou o patrão. Podendo, ficam por lá sem fazer nada, enrolando, indo tomar um cafezinho, conversando com os colegas, atravancando a máquina produtiva. Isso, quando não levam, para casa, uma resma de papel, um grampeador, qualquer coisa que possam subtrair, para compensar a sua frustração.

Uma pesquisa foi feita, na década de 1990, para saber quanto tempo o empregado de uma empresa efetivamente trabalha, em uma jornada de oito horas. A conclusão foi a de que ele trabalha, efetivamente, no máximo, duas horas. Então, para quê ficar perdendo a existência, lá dentro, as outras seis horas por dia, durante toda a sua vida? Não seria melhor realizar a sua parte em duas horas e depois ir para casa? Mas somos vítimas do paradigma de que o empregado precisa estar no emprego durante toda a jornada de trabalho. É claro que, para algumas profissões, esse conceito está mudando para o de home office. Mas convenhamos que ainda são poucas.

Do livro Sucesso, Professor DeRose, Egrégora Books.
Pocket Sucesso

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Repressão ou administração de conflitos?

5 minutos de leitura - Publicado no 05 de maio 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

O que propomos não tem nada a ver com reprimir a raiva. O conceito de administração de conflitos consiste em usar a inteligência em vez da emoção desvairada. Reprimir seria impedir o livre fluxo da emoção destrutiva. Administrar conflitos consiste em não bloquear e sim direcionar, canalizar, sublimar, a fim de que as emoções saiam, fluam livres, mas na direção que mais nos convier com vistas a resultados futuros.

Minha juventude foi vivida nas praias de Ipanema e Leblon. Desde meninos, aprendemos a não lutar contra a correnteza. Se a corrente nos pegasse, não deveríamos brigar com ela, nadando em direção à terra firme. O resultado seria infrutífero. Acabaríamos exaurindo nossas forças e morreríamos afogados. Todo bom nadador de mar aberto sabe que se cair numa corrente deve nadar a favor dela, para fora, dar a volta e, só depois, nadar em direção à praia. Assim é também nas relações humanas e afetivas.

Quando mais novo, meus cabelos eram rebeldes (ainda bem que eram só os cabelos). Durante anos, troquei de cabeleireiro, buscando uma solução, mas todas as tentativas de dominar aqueles fios com vontade própria resultaram frustradas. Até que um dia, um profissional mais velho me disse para não lutar contra os cabelos. Não adianta penteá-los para trás, porque essa não é a natureza deles. Ceda à tendência dos fios e escove-os primeiro para a frente. Depois para baixo. E, só então, para trás. Fiz isso e fiquei perplexo! Os cabelos aceitaram meu comando e se comportaram como eu queria.

Algumas vezes, é preciso saber ceder. Não se reprimir, mas sim aplicar estratégias de liderança.

Eu li muito sobre educação de cães para criar minha filhota weimaraner. O melhor método para levar o cão a fazer o que você quer é cativá-lo, e não apostar forças com ele, gritar com o coitado e muito menos puni-lo ou bater nele. Em algum lugar escutei a frase: “o homem é um cão com polegar opositor”. O treinador estava se referindo a como é fácil induzir um homem a fazer o que a namorada quiser, desde que ela saiba aplicar a liderança do reforço positivo. E também porque os homens, como os cães, não conseguem pensar em mais de uma coisa de cada vez!
Todos queremos estar no controle. Pois a forma mais racional e que proporciona melhores resultados não é fazer jogo duro ou vomitar as emoções atabalhoadamente. Quando você compreende que “quem diz o que quer ouve o que não quer”, suas palavras e ações passam a ser mais inteligentes.

Imagine uma enorme pedra, estável na beirada de uma ribanceira. A pedra é o nosso emocional. Enquanto está ali, parada, dá-nos a impressão de que sua estabilidade é perene. No entanto, sua posição é suscetível a rolar morro abaixo. Basta um pequeno toque, talvez com a ponta do seu dedo indicador, para fazê-la perder a aparente estabilidade e descer destruindo tudo. Assim é o nosso emocional. Em um momento você está feliz e alegre; no momento seguinte – por uma eventualidade qualquer – você se torna furioso ou entristecido.

No entanto, se a pedra começar a oscilar, na posição em que se encontra também basta um dedo do outro lado para evitar que despenque. É como funciona o nosso emocional.

Apenas um dedo é o suficiente para evitar um desastre, desde que aplicado na hora certa, antes do desencadeamento. Lembra-se da história de Peter, o menino-herói holandês? Ele viu uma rachadura no dique e colocou o seu dedinho para evitar que a força da água aumentasse o orifício e terminasse por romper a barragem. Apenas um dedo, o dedo de uma criança, foi o suficiente para evitar uma tragédia.

Se você conseguir detectar uma ameaça de surto de emocionalidade apenas um átimo antes que ele se deflagre, será muito fácil evitar o chilique, bastando colocar o seu dedo na brecha da represa.

Aprendi isso com a minha weimaraner. Os cães, como os humanos, sempre sinalizam no segundo anterior o que pretendem fazer a seguir. Se o seu tutor demora para enviar um comando de derivação, o cão desembesta, por exemplo, para atravessar a rua! Mas se o humano percebe um instante antes e dispara o comando (“fica” ou “não” ou qualquer outro), o cão educado, que ainda não começou a ação, obedece.

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Você quer estar no controle?

3 minutos de leitura - Publicado no 30 de abril 2022
Professor DeRose @ Learn DeROSE

Eu li muito sobre educação de cães para criar minha filhota weimaraner. O melhor método para levar o cão a fazer o que você quer é cativá-lo, e não apostar forças com ele, gritar com o coitado e muito menos puni-lo ou bater nele. Em algum lugar escutei a frase: “o homem é um cão com polegar opositor”. O treinador estava se referindo a como é fácil induzir um homem a fazer o que a namorada quiser, desde que ela saiba aplicar a liderança do reforço positivo. E também porque os homens, como os cães, não conseguem pensar em mais de uma coisa de cada vez!

Aprendi isso com a minha weimaraner. Os cães, como os humanos, sempre sinalizam no segundo anterior o que pretendem fazer a seguir. Se o seu tutor demora para enviar um comando de derivação, o cão desembesta, por exemplo, para atravessar a rua! Mas se o humano percebe um instante antes e dispara o comando (“fica” ou “não” ou qualquer outro), o cão educado, que ainda não começou a ação, obedece.
Por outro lado, se o cão já começou a correr para lançar-se na frente dos carros, não adianta gritar “não”, “fica”, “junto”, “parado”. Se a ação já foi deflagrada, é quase impossível interrompê-la[1].
Se você não quiser aplicar repressão, basta dar o comando “vem” e quando ele se aproximar você o recompensa com um petisco. Não tendo petisco, dê carinho e brinque com ele.
Cão ou humano, quando se trata de emoções, ambos reagem da mesma forma! Conseguindo evitar o primeiro rompante, é muito fácil administrar o potencial conflito. E o petisco? Pode ser a derivação da sua atenção para algo mais interessante, mais divertido ou mais gratificante. Pode ser uma palavra de incentivo, de elogio, de amizade, um tapinha nas costas, um abraço, um olhar, um sorriso.
Isto se aplica não apenas a confrontos conjugais, mas a quaisquer outros, no trabalho, no trânsito, com amigos, enfim, em todas as situações.
Em termos de custo/benefício, sai muito mais barato assumir um pequeno prejuízo do que entrar em uma pendenga e pagar muito mais caro. Meu amigo Fabiano Gomes, antes advogado de sucesso, hoje Diretor de uma das nossas escolas do DeROSE Method, quando procurado por alguém que queria processar outra pessoa, perguntava-lhe:
– Você quer ter razão ou quer ser feliz?
Se o briguento dissesse que queria ter razão, então ele aceitava a causa.
Mas se o querelante declarasse que queria ser feliz, o conselho que dava era:
– Então, esqueça isso. Brigar não traz felicidade a ninguém.

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